Nanocristais de ouro: conheça possível tratamento para esclerose múltipla
Saúde

Nanocristais de ouro: conheça possível tratamento para esclerose múltipla

A partir de uma bebida de nanocristais de ouro, desenvolvida por pesquisadores, foi possível detectar que o líquido pode tratar doenças neurodegenerativas

Um estudo financiado pela Clene Nanomedicine Inc., empresa de biotecnologia, desenvolveu uma bebida diária composta por nanocristais de ouro que pode auxiliar no tratamento de esclerose múltipla (EM) e da doença de Parkinson (DP). Com resultados promissores, o ensaio foi publicado no Journal of Nanobiotechnology.

Nanocristais de ouro

Pesquisadores do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas desenvolveram uma bebida composta por nanocristais de ouro que pode apoiar o tratamento de esclerose múltipla e da doença de Parkinson.

Chamada CNM-Au8, a solução pode restaurar os níveis de nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+) e nicotinamida adenina dinucleotídeo (NADH), envolvidas na produção de energia.

Após testes, a equipe conseguiu identificar um aumento em torno de 10,4% na relação NAD+/NADH em pacientes com EM e DP.

Equipe

A equipe, composta por pesquisadores do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas, conduziu dois ensaios clínicos de fase II em pacientes com EM e DP para verificar se a bebida, chamada CNM-Au8, poderia restaurar os níveis de nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+) e nicotinamida adenina dinucleotídeo (NADH), envolvidas na produção de energia no organismo.

Além disso, a NAD+ e NADH tendem a diminuir naturalmente à medida que envelhecemos. No entanto, com as doenças neurodegenerativas, a redução é muito mais rápida e severa. Por sua vez, a CNM-Au8 consegue cruzar a barreira hematoencefálica e penetrar nas membranas celulares, aumentando a disponibilidade de NAD+ e adenosina trifosfato (ATP) em estudos in vitro.

Testes e efeitos adversos do tratamento com nanocristais de ouro na esclerose múltipla

O estudo de esclerose múltipla recrutou 11 participantes com idades entre 18 e 55 anos e diagnóstico recebido dentro de 15 anos, em tratamento com o imunoterápico natalizumab e com agravamento dos sintomas seguido por um período de remissão.

Vale destacar que tanto para a EM quanto para o DP já há tratamentos baseados na ciência, com efeitos promissores. É o caso do método de Indução de Proteínas por Choque Térmico, desenvolvido pelo médico brasileiro, radicado nos Estados Unidos, Marc Abreu. O tratamento consiste justamente nas ondas de choque térmico, sendo minimamente invasivo.

Doença de Parkinson

Já o estudo da doença de Parkinson recrutou 13 participantes entre 30 e 80 anos de idade com diagnóstico recebido há no máximo três anos, e que tomassem dopaminérgicos para a doença há pelo menos 12 semanas sem alteração da dose antes dos testes.

120 ml de CNM-Au8 foram ingeridos por dia ao longo de 12 semanas. Ao fim do tratamento, foi identificado um aumento de cerca de 10,4% na relação NAD+/NADH. Também foi possível observar que os participantes com níveis iniciais de ATP mais baixos demonstraram um aumento, e os participantes com níveis iniciais mais elevados apontaram um reequilíbrio dos níveis da molécula no organismo.

Por fim, os resultados do ensaio clínico apoiam o avanço para a fase III dos testes clínicos. “Estamos cautelosamente otimistas de que seremos capazes de prevenir ou mesmo reverter algumas deficiências neurológicas com esta estratégia”, disse Peter Sguigna, um dos co-autores do estudo e líder dos testes de Esclerose Múltipla, em artigo do Centro Médico Southwestern.

*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/casal-envelhecido_5400521.htm#query=esclerose%20m%C3%BAltipla&position=6&from_view=search&track=ais&uuid=47180884-fb3a-404f-809c-e8cc7af489d5

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