Festival de Ópera de Ouro Preto terão apresentações no Teatro Municipal Casa da Ópera, um dos espaços dedicados à arte mais antigos das Américas
Começou ontem (17), o Festival de Ópera de Ouro Preto com apresentações no teatro mais antigo em funcionamento das Américas, a Casa da Ópera de Vila Rica, hoje Teatro Municipal de Ouro Preto.
Festival de Ópera de Ouro Preto
Além disso, a tradição operística na cidade histórica de Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais, retorna para reviver os tempos de efervescência da cultura do século 18.
Serão apresentadas obras clássicas e contemporâneas como “A Flauta Mágica”, “O Basculho de Chaminé”, “O Caixeiro da Taverna” e o “Pequeno Teatro do Mundo”.
O projeto
O projeto nasceu em 2019 com a finalidade de preencher os palcos das casas de ópera brasileiras, de impulsionar o setor e incentivar o acesso das populações ao gênero musical. É o que explica a diretora-geral do Festival de Ópera de Ouro Preto, Flávia Furtado.
“Minas Gerais tem uma pérola do período colonial que é a Casa da Ópera, uma construção que remete ao início do Brasil colônia, antes mesmo da família real chegar ao país, e isso mostra que o estado se destaca pelo gosto pela ópera. Minas precisa reavivar a sua história com a ópera e o Festival será um marco fundamental para isso.”
A fundadora e integrante da diretoria do Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto afirma que o Brasil tem um crescente mercado da ópera e oferece uma potente geração de cantores líricos que somam mais de 100 compositores do gênero.
“Têm muitos jovens cantando ópera, o que falta é a descentralização das apresentações no país e um maior entendimento sobre a presença do gênero na formação musical.”
O Festival de Ópera de Ouro Preto será realizado até 9 de outubro com ingressos a preços populares no Sympla.
Programação
A apresentação de abertura ocorreu ontem com a tradicional composição de Mozart que teve estreia no século 18, com a obra “A Flauta Mágica”.
A direção e concepção cênica é da cineasta, roteirista e produtora cultural Carla Camurati. A concepção musical e regência é de Silvio Viegas, maestro titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG). A cenografia é assinada por Renato Theobaldo, a iluminação por Fábio Retti, e os figurinos por Sayonara Lopes.
Já nos dias 23, 26 e 27 de setembro, às 19h, será a vez da aparentação de “O Basculho de Chaminé”, do compositor luso-brasileiro Marcos Portugal, com a participação da Academia Orquestra Ouro Preto.
Em outubro ocorrerão outras apresentações, confira:
“O Caixeiro da Taverna” é uma comédia que terá o próprio compositor, Guilherme Bernstein regendo o espetáculo. As apresentações serão entre 6 e 8 de outubro, às 19h.
Por fim, para o público infantil, a dupla Fabio Retti e Fabiana Vasconcelos Barbosa vão apresentar o Pequeno Teatro do Mundo, “Rossini por um Fio”, uma ópera feita com marionetes. As apresentações serão às 16h em 6,7,8 e 9 de outubro.
*Foto: Reprodução