Empresa de energia pioneira aposta em parque eólico para sair da crise
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Empresa de energia pioneira aposta em parque eólico para sair da crise

Empresa de energia pioneira está em recuperação judicial desde o final de 2020 tenta virar a página com a implementação de parque eólico na Bahia

A Renova Energia, empresa pioneira no Brasil, tem apostado na construção de um grande parque eólico na Bahia na tentativa de se reerguer de um processe de recuperação judicial.

Empresa de energia pioneira enfrenta crise

A Renova Energia é uma das pioneiras em distribuição de energia eólica e solar do Brasil. Mas desde outubro de 2019 enfrenta uma crise, homologando sua recuperação judicial em dezembro. Na ocasião, o atual CEO da empresa de energia, Marcelo Milliet, foi contratado para tirar a empresa da crise.

E sua aposta hoje a entrada em operação do parque eólico Alto Sertão III, na Bahia. Além disso, esta é a única unidade eólica que ficou com a companhia após a venda de vários ativos para pagar dívidas no mercado.

Atualmente, ela possui capacidade para 432 megawatts (MW). Isso é o suficiente para abastecer até 1 milhão de residências. O parque também vai gerar R$ 250 milhões de caixa (Ebtida) por ano. O CEO afirmou ainda que este modelo de negócio será o pilar capaz de liquidar as dívidas da Renova.

Testes e investimentos

Os testes do parque eólico tiveram início ainda no fim de 2021, em 12 de dezembro. Sua liberação comercial ocorreu logo em seguida. Ao todo, foram investidos R$ 2,5 bilhões no complexo que terá 155 aerogeradores e 208 quilômetros de linhas de transmissão, distribuídos em seis municípios da Bahia: Caetité, Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida, Riacho de Santana e Guanambi.

Problemas financeiros

Por conta da crise na empresa, o projeto eólico ficou paralisado durante cinco anos, sendo retomado apenas em abril de 2021. A Renova, que foi uma das pioneiras no investimento de energia eólica no país, foi criada pelos empresários Ricardo Delneri e Renato Amaral na pior crise elétrica brasileira em 2001. Na ocasião, a companhia teve suas ações lançadas na Bolsa, atraindo a atenção de gigantes do setor, como Light e Cemig, que se tornaram acionistas.

Posteriormente a Cemig vendeu a totalidade de sua participação na Renova Energia para a gestora de Private Equity Angra Partners, que possui em seu corpo executivo especialistas em Gestão de recursos, como Alberto Guth.

Parceria frustrada

Por outro lado, a empresa teve uma parceria frustrada com a norte-americana SunEdison. Isso porque logo depois da transação entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos. Sendo assim, a Renova foi obrigada a se reestruturar.

Mas com as perdas decorrentes do negócio, os sócios tiveram de aportar recursos na empresa e projetos foram renegociados.

Porém, a situação se complicou ainda mais, colocando a maior empresa de energia eólica do país numa posição de ter de vender seus principais parques para quitar dívidas.

Sobraram apenas algumas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Alto Sertão III. Com isso, esta última se tornou a grande aposta da empresa para se reerguer. Mas isso envolve uma série de transações e mudanças.

Retomada

Por outro lado, a retomada das obras do parque eólico só foi possível após um empréstimo de R$ 360 milhões na modalidade DIP (devedor em posse), tipo de financiamento para empresas em recuperação judicial.

Todavia, outra operação que reforçou o caixa da Renova foi a venda da Brasil PCH, por R$ 1,1 bilhão. A transação possibilitou o pagamento parcial do empréstimo DIP e de alguns credores, revelou Milliet.

Por fim, a empresa também vendeu o Complexo Hidrelétrico Serra da Prata (Espra), por R$ 265 milhões. Mas o negócio ainda depende de autorizações de órgãos regulatórios. Todas essas vendas vão ajudar a diminuir o endividamento de R$ 2 bilhões da empresa, que vencerão ao longo de dez anos.

Foto: Reprodução/Unsplash por Sven Brandsma

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