Cláudio Salituro comenta desenvolvimento das startups logtechs
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Cláudio Salituro comenta desenvolvimento das startups logtechs

Dados revelados pelo Instituto de Logística Supply Chain (ILOS) mostraram que, anualmente, o setor de logística movimenta R$ 1,5 trilhão na economia nacional e gera 12 milhões de empregos. A pesquisa mostrou ainda, que apenas em 2022, foram criadas 94 mil novas oportunidades de trabalho para profissionais do segmento.

O estudo apontou também que, no mesmo período, o segmento de logística representou 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, mostrando a força desse setor para a economia. Apesar desses índices, o Brasil ainda preenche a 56ª posição no ranking que mede a eficiência das empresas de logística, o Logistics Performance Index (LPI) do Banco Mundial.

Logtechs: A inovação na logística atual

Diferente de outros países, o mercado brasileiro de logística não é dominado por nenhuma grande empresa. O que dá espaço para startups, como as logtechs, ampliarem o desenvolvimento do setor. Dados apurados pelo portal startse, mostraram que as 10 maiores empresas do país representam apenas 2% do potencial do mercado, contra 15% nos Estados Unidos e 24% na Europa.

As logtechs são startupsde logística que tem a tecnologia como seu diferencial. A maioria esmagadora desses empreendimentos vendem seus serviços para outras empresas (B2B), como é o caso da Redefrete. Esta startup vem ganhando espaço no mercado por oferecer um serviço de logística inteligente e seguro. A empresa conecta entregas a entregadores parceiros com agilidade, transportando de mercadorias a cargas.

De acordo com Cláudio Salituro, empresário e investidor da Redefrete “o sucesso do crescimento da startup passa pelo bom relacionamento e complementaridade de habilidades e objetivos comuns entre os investidores e os fundadores da empresa, participamos das reuniões regulares com os fundadores para discutir progresso, desafios e estratégias sem interferir no operacional”, diz.

Porque surgem as logtechs?

Atuando para resolver desafios logísticos, as logtechs surgem para otimizar todo o processo por meio da tecnologia. Essas startups de logística representam um total de 512 empresas espalhadas por todo o país, sendo que, 70% delas estão concentradas entre São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais.

Do gerenciamento de armazéns a redução de custos com transporte, as logtechs atuam em áreas como: estoque, entrega, gestão de carga e frota, marketplace de frete e logística reversa.

O desafio logístico de chegar para todos

As startups de nicho logtechs surgem também para suprir uma necessidade, chegar onde outros grandes players não chegam. De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Persona Favela e Data Favela, 36 milhões de brasileiros vivem em comunidades e periferias. Sendo que, metade desses moradores, já realizaram compras online, mas 70% declaram ter deixado de comprar por não conseguirem receber as suas entregas.

Segundo o Instituto Locomotiva, através do mercado eletrônico, essas regiões contam com um potencial de consumo de pelo menos R$ 81 bilhões. Estima-se que nas 15 maiores favelas do país, o potencial de consumo chegue a R$ 9,9 bilhões.

O papel do investidor-anjo na criação dessas startups

Com a chegada de vários concorrentes e o entusiasmo do setor de logística, as startups passaram a atrair a atenção de empresas maiores e de investidores. Para alavancar esses empreendimentos, nesse momento, entra em cena o protagonismo do investidor-anjo.

O investidor-anjo é uma pessoa física que usa do próprio capital para impulsionar novos negócios com potencial de crescimento, podendo também usar os seus conhecimentos para aconselhar e mentorear novos empreendedores. Segundo a organização Anjos do Brasil, em 2019, o número de investidores-anjo alcançou a marca de 8.220, um aumento de 6% em relação ao ano anterior.

“O papel de um investidor-anjo vai além do investimento financeiro, podemos e devemos oferecer orientação, experiência e contatos valiosos para ajudar as startups a crescer e alcançar seus objetivos”, completou Cláudio Salituro.

Por que investir em startups de logística?

O setor de logística vive um momento aquecido, além de uma consolidação que acontece devido ao aumento dos investimentos e das várias aquisições e fusões entre os pequenos e grandes players. Existe também o potencial de chegar em áreas de difícil acesso e ampliar esse tipo de logística que está em expansão. 

As logtechs também são atraentes para quem atua alinhado aos princípios de ESG, que fundamentam a sua forma de atuação focada no desenvolvimento sustentável, no retorno à comunidade, além da criação de novas oportunidades de trabalho. 

Fotos:

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