Não é de hoje que a expressão turismo de isolamento é usada. Ela começou a ser mencionada em 2017, pelo mercado do turismo de luxo. Na ocasião, este segmento já apostava no isolamento como uma tendência importante de comportamento de seus viajantes.
Turismo de isolamento na pandemia
Entretanto, com a pandemia provocada pelo novo coronavírus, a expressão voltou à tona nas últimas semanas. Elas são citadas, principalmente em reportagens ligadas à viagem, tanto dentro como fora do Brasil.
Mas o que significa exatamente a expressão
Muito já foi mencionado a cerca do retorno das viagens, que devem ser dentro do Brasil e de preferência para lugares próximos.
Sendo assim, o turismo de isolamento vem sendo apontado como uma oportunidade de “mudança de ares”. Ele pode ser praticado por indivíduos ou grupos/famílias que estão isolados juntos durante o período de quarentena.
De acordo com Juliana Tulio, proprietária do Villa do Valem um hotel boutique em Blumenau (SC):
“A tendência é que cada vez mais pessoas apostem num formato de viagem doméstica, com cara de ‘escapadas’, em locais que sejam perto de suas casas.”
Pessoas adeptas ao turismo de isolamento
Portanto, muitas pessoas já estão colocando esse fator em prática. Porém, tomando todos os cuidados necessários. A ideia é, por alguns momentos, estar em contato com a natureza, em locais mais arejados, que ajudam a mente a trabalhar melhor. É como mudar seu endereço de isolamento por uns dias, ou um final de semana.
Há pessoas, que após quatro meses de isolamento decidiram se isolar em outro local. Elas optam por se hospedarem durante longas estadias em propriedades hoteleiras. Outros exemplos são: uma casa na praia, uma casa em cidadezinha do interior, ou um chalé em regiões serranas.
Nova tendência
De acordo com a empresa Euromonitor International, a nova tendência indica viagens mais curtas no início da retomada das atividades turísticas. Além disso, é recomendado viagens a locais onde a natureza esteja presente.
Consequentemente, passa a crescer o número de reserva de locação de chalés afastados, casas e hotelaria em sistema de vilas. Estes locais priorizam a privacidade e segurança máxima que o momento exige. E atribuído a tudo isso: um maior contato com a natureza.
No começo da pandemia, para que o setor turístico conseguisse se manter um pouco, o sistema de realidade virtual proporcionou “viagens” sem que as pessoas saíssem de casa.
Pequenos refúgios
Já a empresa Premier Destinations acaba de lançar a Premier Retreats. O objetivo da nova divisão da companhia é focar em pequenos refúgios com práticas de sustentabilidade e imersão aos espaços verdes. Isso inclui o aconchegante Etnia Casa Hotel, localizado em Trancoso, no sul da Bahia. Ele fica em meio a um bosque tropical, a apenas 350 metros do Quadrado de Trancoso. O espaço oferece sete casas completas e totalmente independentes (com 1 a 3 suítes cada).
O Etnia já reabriu tomando todas as medidas restritivas necessárias, como desinfecção e higienização dos ambientes internos. Isso inclui o uso do Fog in Place (FIP), uma solução de biossegurança que dispersa uma névoa atóxica, inodora e seca que cobre superfícies com uma nano película de inativação de bactérias e vírus.
Propriedades hoteleiras
Quando a pandemia acabar, as pessoas terão bastante opção de propriedades hoteleiras que já se especializavam justamente em serem remotas, isoladas, com pouco contato entre hóspedes. Como por exemplo, locais na Patagônia Chilena, deserto da Namíbia, safáris africanos, Wolgan Valley (Austrália), ilhas Lofoten (Noruega), e arquipélago de Tetiaroa, na Polinésia Francesa.
*Foto: Divulgação