Projeto de expansão do Clara Ibiúna Resort ficou a cargo de arquitetos do Studio DWG e Ponto de Apoio
O grupo Clara Resorts, que engloba os hotéis Clara Ibiúna Resort e Santa Clara Eco Resort Dourado preza por unir natureza e sustentabilidade, mas sem deixar de proporcionar conforto a famílias de alto padrão. No mercado hoteleiro desde 2017, a CEO Taiza Krueder conta como foi o processo de expansão do Clara Resort, em Ibiúna. Com obras iniciadas em setembro de 2019, antes da pandemia, o desafio foi o de criar um projeto que se misturasse à topografia do terreno e, ao mesmo tempo, se harmonizasse às construções já existentes no hotel.
Para colocar esta ideia em prática, Taiza Krueder contou com o profissionalismo dos escritórios de arquitetura Studio DWG e Ponto de Apoio. A seguir, saiba como ocorreu esta ampliação do espaço.
Taiza Krueder: Como foi a expansão do Clara Ibiúna Resort
A partir de uma área de mais de 20.000m², localizada em um ponto privilegiado do terreno, é que começou a expansão do Clara Ibiúna Resort, conta Taiza. Para isso, foram planejados 15.000m² de área construída com novas suítes, piscina, restaurante, bar, jogos, boliche e um prédio dedicado a eventos corporativos e sociais. As 61 novas suítes estão dispostas em dois pavimentos que se acomodam ao terreno de forma escalonada. Neste caso, eles dão a sensação de serem dois térreos e não um prédio de dois andares.
O deslocamento visual dos andares, segundo Taiza Krueder, se destaca pelo uso de revestimentos externos diferentes em cada um deles. Além disso, na planta, os andares assumem uma angulação de asa delta e proporcionam uma visão lateral que se tem das varandas de cada uma das unidades. A CEO revela que com isso o projeto atinge uma vista deslumbrante da natureza e ainda de ter uma sensação de não ter muitos vizinhos ao lado, uma vez que não se pode ver a extremidade do prédio ao se olhar para o lado.
O projeto arquitetônico contou com uma implantação, geometria e revestimentos com a finalidade de evitar o ‘nascimento’ de um prédio convencional na península do terreno, afirma Taiza Krueder.
Topografia aliada à vista
A CEO diz também que quem olha do estacionamento mal enxerga a área construída e já para quem olha em direção à represa, tem a visão de uma arquitetura que se encaixa na topografia do terreno sem agredir o visual.
Suítes
No caso das suítes do hotel, o projeto prezou pela possibilidade delas serem conjugadas por meio da abertura de paredes de correr (acústicas), de 3 metros entre elas, em vez de utilizar portas padrões que costumam unir os apartamentos dos hotéis.
O resultado é que se tem a sensação de um apartamento na beira da represa já que com a união se ganha 7 metros de vista para a água. E por conta de haver várias possibilidades de layout, foram escolhidos mobiliários flexíveis que podem “passear” na planta para formar as diferentes composições. Vale destacar que uma coisa interessante neste projeto é que, independente do layout assumido, não há a necessidade de retirar ou adicionar nenhum mobiliário da suíte, o que facilita o dia a dia do hotel e o trabalho da governança.
Suítes presidenciais
O hóspede que optar em ficar em das duas suítes presidenciais, projetadas nos dois extremos do prédio, terá uma vista privilegiada. Além disso, este espaço possui acabamentos premium e novidades que não existem nas outras suítes, como: cozinha, firepit, piscina e ofurô.
Piscina social
Já a piscina social fica na cobertura garantindo uma vista incrível da mata preservada e da represa. Anexo a ela está o novo restaurante de 800m² e a laje jardim que permite um passeio incrível com uma vista deslumbrante.
Área de entretenimento
No piso inferior, fica a área de entretenimento, inserida em um ambiente mais noturno e ‘underground’. Isso porque aqui a paleta de cores escurece, as tubulações são aparentes e os ambientes se dividem por cordas de sisal com iluminação cênica. E é por meio dela que os hóspedes se divertem com os shows, mesas de carteado, sinuca, bar, boliche, karaokê e jogos eletrônicos (arcade).
Salão de eventos
Por fim, o projeto de expansão do Clara Ibiúna Resort construiu no ponto mais alto do terreno um salão de eventos, também com vista para a represa. O prédio de 5.000m² possui dois andares modulares que acomodam eventos de todos os portes, além de eventos simultâneos, uma vez que a construção se acomoda na topografia do terreno de modo a criar “dois térreos”, assim como no prédio das suítes, tendo cada andar uma entrada independente, comenta Taiza Krueder. O talude ao fundo garante um bom isolamento acústico e os revestimentos externos de cada um dos andares são diferentes, para não haver uma unidade entre eles. Ou seja, mais um prédio que não parece prédio.
