Patrimônio histórico de Manaus é revelado por meio da exposição fotográfica ‘Cores do Patrimônio Histórico Manauara’
Recentemente, entrou em cartaz em Manaus a exposição fotográfica Cores do Patrimônio Histórico Manauara, da arquiteta e urbanista Márcia Honda Nascimento Castro. Seu conteúdo convida o público a refletir sobre a importância de conhecer, preservar e apreciar a riqueza arquitetônica de Manaus.
Patrimônio histórico de Manaus
O projeto busca promover o patrimônio histórico de Manaus por meio de uma reconexão com as raízes da cidade. Para isso, ela determinou que as cores dos imóveis históricos podem influenciar nossa percepção e compreensão da identidade manauara. A mostra foi contemplada pelo Edital de chamamento público Nº 007/2023 para fomento às artes e cultura, promovido pelo Governo do Estado do Amazonas, e financiada pela Lei Paulo Gustavo, a exposição consta de imagens que capturam fachadas, ornamentos e revestimentos de edificações tombadas e explora o papel fundamental da cromatização na preservação do patrimônio arquitetônico.
Conteúdo da exposição
Além das fotografias, o público receberá um informativo detalhado sobre o status de tombamento e a importância das intervenções adequadas nesses bens, o que estimula o diálogo com os órgãos de preservação.
Apesar de a cromatização ser essencial, tanto para a história do patrimônio quanto para a arquitetura como um todo, ela influencia também diretamente na forma como a edificação e o espaço serão percebidos pelo observador.
Sobre a mostra
A mostra ficará disponível para visitas no Palacete Provincial, de 21 de outubro a 21 de dezembro de 2024, com entrada gratuita e acessibilidade total, oferecendo a todos a oportunidade de conhecer de perto as cores que contam a história da cidade.
Além disso, haverá uma palestra virtual em dezembro de 2024, aprofundando a discussão sobre a preservação do patrimônio histórico.
Sobre Márcia Honda Nascimento Castro
A arquiteta e urbanista Márcia Honda Nascimento Castro é uma estudiosa da riqueza arquitetônica da cidade de Manaus, com 27 anos de experiência em patrimônio cultural, sendo servidora concursada do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), onde atua há 14 anos, com a função de Técnica em Arquitetura.
A pesquisa está em seu DNA, e coleciona artigos e comunicações em eventos locais e nacionais, sempre divulgando o patrimônio histórico manauara. E por isso tudo já conseguiu ser contemplada em vários editais de cultura.
Sua produção mais recente foi uma pesquisa sobre o antigo Palacete Scholz, atual Centro Cultural Palácio Rio Negro, um dos mais significativos imóveis remanescentes do período áureo do ciclo da exploração da borracha produzida nos seringais amazônicos.
Intitulado Revestimentos internos e bens integrados do Palacete Scholz, o estudo, que aguarda publicação, foi apresentado no VIII Colóquio Internacional A Casa Senhorial: Anatomia dos Interiores, em maio de 2024 em Vassouras-RJ, promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa, pela Universidade Nova de Lisboa e pela Universidade de Vassouras. O evento é uma reunião científica de pesquisadores, aberta à participação de estudiosos do mundo inteiro, para compartilhar e confrontar resultados de pesquisas acerca das casas de elites, desde o século XVII ao início do XX.
Fonte: Foto de Mila Zanforlin na Unsplash