Palácio 23 de julho pode se tornar Patrimônio Histórico e Cultural do Rio, com o propósito de reguardar a história política do estado; proposta aprovada pela Alerj segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias para sancioná-la ou vetá-la
A Assembleia Legislativa do Rio aprovou recentemente o projeto de lei de autoria do deputado Dionísio Lins (Progressista), para tombar o Palácio 23 de Julho, no Centro do Rio, como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado.
Na ocasião, o deputado afirmou que o objetivo da ação é resguardar parte da história política do estado, “já que o Palácio 23 de Julho é considerado um marco histórico para nossa cultura”.
Agora, a proposta segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la. De acordo com a medida, o Executivo deverá consultar o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) para tombar o palácio. Caso o parecer do Inepac seja contrário, a proposta perderá a finalidade.
Sobre o Palácio 23 de Julho
O Palácio 23 de Julho fica na Praça XV, atrás do Palácio Tiradentes. Ele está desativado desde que a Alerj inaugurou sua nova sede em 2021. O novo endereço da Alerj, o Edifício Lúcio Costa, na Rua da Ajuda, abriga tanto os setores administrativos quanto os gabinetes parlamentares e as salas de comissões e plenário.
Três sedes
Vale lembrar que antes a Alerj tinha três sedes. O prédio que abrigava os setores administrativos foi cedido ao Governo do Estado. O Palácio Tiradentes, sede principal onde ficava localizado o plenário, se transformou em museu. Já o destino do Palácio ainda está incerto, tendo planos até mesmo para sua demolição, o que ampliaria a área livre e de lazer da Praça XV.
Por fim, o deputado Dionísio Lins é contrário à sua demolição.
“De acordo com os levantamentos históricos, esse prédio e o Palácio Tiradentes têm enorme relevância, por isso acredito não ser interessante demolir o local neste cenário cultural do Rio de Janeiro.”
*Foto: Reprodução/Unsplash (AXP Photography)