masp volta a dar espaço para a dança-teatro
História

Masp volta a dar espaço para a dança-teatro

Pioneira da dança-teatro, Marilena Ansaldi, de 84 anos, se apresentou na noite de abertura

Para os artistas da área de dança-teatro é cada vez mais urgente ter um espaço para apresentações e que mais pessoas possam ter acesso a este tipo de arte. Sendo assim, o Masp (Museu de Arte de São Paulo) criou uma mostra que foi iniciada na quarta-feira (28) e será encerrada neste domingo (1), com uma programação inteiramente gratuita, além de uma roda de conversa com dançarinos renomados.

História da dança-teatro no Brasil

Em declaração à Folha de S. Paulo, o curador da Semana Paulista de Dança e diretor artístico do Studio 3, realizador do evento, Anselmo Zola, afirmou:

“Até o final dos anos 1980, a programação de dança do Masp era forte, mas a partir daí ficou meio adormecida”.

Ele ressalta que trazer à tona mais programações de artes cênicas ao museu é um projeto de seus programadores desde 2015. Nesta época, o local de apresentações passou por reformas e foi reinaugurado como Auditório Masp-Unilever.

Com isso, o Studio 3 se tornou um dos grupos que participam de temporadas no novo auditório e passou a preparar um evento maior, em que diferentes companhias de dança-teatro também pudessem ter o mesmo espaço e mostrar seus trabalhos, conta Zola.

Primeira Semana Paulista de Dança

A primeira Semana Paulista de Dança no Masp aconteceu no ano passado e teve patrocínio da Klabin. A fundadora do Studio 3, Vera Lafer, também integra o conselho administrativo da empresa patrocinadora nesta segunda edição do evento.

Em 2018, o programa encerrou a semana com 1.500 espectadores. O sucesso foi tanto, que ainda teve fila de pessoas na esperança de adquirir as entradas gratuitas para os espetáculos de dança-teatro.

Edição 2019 de dança-teatro

A mostra deste ano terá um dia a mais de apresentações, passando de quatro para cinco dias, além de contar com companhias de dança de outros estados, além dos grupos paulistanos.

A curadoria do evento focou na produção contemporânea nacional, que possui linguagens diversas. Portanto, um leque de possibilidades foi aberto como o retorno à cidade de São Paulo após uma década do Balé Folclórico da Bahia, segundo Zola. A companhia de dança-teatro fará duas apresentações no encerramento do evento, no dia 1º de setembro.

Como foi a noite de abertura

Na noite de abertura da mostra, sete das nove companhias e artistas solos se apresentaram no auditório do Masp. Foram elas: Studio 3, SPCD (São Paulo Companhia de Dança), Quasar, Cia. de Danças de Diadema, Miriam Druwe, Raymundo Costa e Marilena Ansaldi.

A noite foi bastante emocionante por contar com um solo de Marilena Ansaldi, de 84 anos, pioneira do movimento de dança-teatro no Brasil. A dançarina teve a oportunidade revisitar sua própria história no palco do museu da Avenida Paulista. Esse dia ainda contou com a apresentação de Ana Botosso, atual diretora da companhia de Diadema, que interpretou um solo de Ivonice Satie, morta em 2008 e que fundou o grupo. Já Raymundo Costa que é coordenador do acervo do Balé da Cidade, dedicou sua coreografia ao dançarino Hugo Travers.

No mesmo programa, aconteceu a apresentação de “A Morte do Cisne”, do SPCD; “O Mandarim Maravilhoso”, do Studio 3; “Mulheres”, do grupo Quasar;  e “Sei Solo”, marcando o retorno aos palcos da dançarina Miriam Druwe.

Restante da programação

No dia 29 foi a vez do Balé Teatro Guaíra (Curitiba) apresentar “Trânsito”, além de outros espetáculos da companhia goiana Quasar e dos grupos paulistas.

Na mesma noite, a SPCD, que também participou da primeira edição da semana de dança-teatro, apresentou obras de três gerações de coreógrafos brasileiros: Cassi Abranches, Jomar Mesquita e Marcia Haydée.

Mesa de conversa

Este ano conta com uma novidade que á uma mesa de conversa, no dia de encerramento, no domingo, que vai girar em torno da atuação das mulheres na dança. Sobre isso, a diretora da SPCD e mediadora do bate-papo, Inês Bogéa, explicou:

 “Será um momento de trocar ideias sobre modos de existência na arte”.

Participarão da conversa também: Ana Botosso (Cia. Diadema), Carolina Fagundes (Instituto Satie), Vera Bicalho (Quasar) e Miriam Druwe.

Para mais informações sobre as outras apresentações da segunda edição da Semana Paulista de Dança, basta acessar o site do Masp.

Fonte: Folha de S. Paulo

*Foto: Divulgação / Marcus Camargo

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