Para Kalil, os números da Covid-19 que vão ditar os próximos rumos, para avaliar a possibilidade de lockdown em BH
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse ontem (30), que não é possível determinar quando a capital mineira irá retomar o processo de flexibilização das atividades econômicas.
Ele deu uma entrevista ao jornal Estado de Minas, em que avalia a situação atual da pandemia provocada pelo novo coronavírus e afirma que a retomada ou um possível lockdown em BH, será estabelecido de acordo com os números da Covid-19 na cidade. E ainda explicou:
“São três pilares para abrir (a cidade): o índice de contaminação, a ocupação de leitos de UTI e de enfermarias.”
Números da Covid-19 dita novos rumos
Na última sexta-feira (26), o prefeito, junto ao Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19, divulgou o retorno à ‘fase zero’ da flexibilização. Isto significa que agora somente os serviços essenciais podem funcionar.
Segundo Kalil, não é possível marcar que o estágio vai durar suas semanas, que é tempo classificado por especialistas como ideal para avaliar o impacto de medidas de restrição ou de retomada de um município.
Além disso, o chefe do Executivo municipal destacou que as estatísticas da doença podem crescer de forma “exponencial’.
Falta mão de obra na cidade
Ele disse ainda que o principal impasse da rede assistencial de Belo Horizonte está na quantidade de profissionais da área de saúde disponíveis:
“Temos um problema que ninguém notou: gente (mão de obra). Respiradores não salvam ninguém. O que salvam são médicos, enfermeiros, atendentes, fisioterapeutas e fisiologistas.”
Kalil disse também que foi desaconselhado pelos gestores da rede hospitalar municipal a implementar um hospital de campanha. Pois, de acordo com o prefeito, especialistas explicaram que faltariam profissionais qualificados para fazer uma casa de saúde provisória operar normalmente.
No entanto, a expectativa do Executivo municipal é habilitar mais leitos de unidade de terapia intensiva e de enfermaria, para que seja feita uma avaliação mais realista dos números da Covid-19 na capital mineira:
“Quando fechamos a cidade, tínhamos 82 UTIs. Hoje, temos 301 e, depois de amanhã, teremos 327. Tínhamos 114 enfermarias e, hoje, temos 1.009. Em julho, vamos abrir mais 209 leitos de UTI e outros 263 de enfermaria.”
Entrevista ao jornal Estado de Minas
Durante a entrevista ao jornal Estado de Minas, Alexandre Kalil falou sobre a pandemia da Covid-19 as providências da PBH para diminuir casos, mortes e também o impacto da doença no sistema de saúde de Belo Horizonte.
Na mesma entrevista, Kalil foi questionado sobre quais ações serão impostas para a retomada da economia da capital mineira, além das eleições municipais, política estadual e nacional.
Fonte: jornal Estado de Minas
*Foto: Divulgação/Alexandre Guzanshe