Energia elétrica da CNS
Economia

Energia elétrica da CNS: custo pode ser reduzido em 60% com CEEE-G

Energia elétrica da CNS também pode ser beneficiada com IPO da companhia no futuro

Recentemente, a siderúrgica CSN afirmou que a aquisição da geradora de energia elétrica CEEE-G trará ganhos importantes de competitividade às operações industriais. Sendo assim, ela prevê uma redução de 60% de seu custo com energia elétrica.

Energia elétrica da CNS

Além disso, em paralelo, compra da elétrica também permitirá à CSN diversificar seus negócios. Tal atitude reduz sua exposição à volatilidade de mercados nos quais opera atualmente, segundo executivos.

Vale lembrar também que no fim de junho, a CNS contratou a assessoria do consultor financeiro Ricardo Knoepfelmacher, especializada em reestruturações financeiras e disputas societárias, para avaliar a chance de adquirir participação na Samarco.

Como será a operação com a aquisição da CEEE-G

O diretor financeiro da CNS, Marcelo Cunha Ribeiro, explicou em teleconferência que pouco mais de 50% da energia das hidrelétricas da CEEE-G atenderá as unidades de siderurgia, cimentos e mineração do grupo a partir de 2023.

O avanço para a autossuficiência em energia elétrica trará um ganho de R$ 334 milhões anuais em Ebitda para a CSN, conforme cálculos da empresa.

Contudo, o restante da energia gerada pela CEEE-G deveráser vendida especialmente em contratos (PPAs, no jargão do setor) de longo prazo, junto a contrapartes sólidas. E uma parcela menor ficará descontratada, com o intuito de a empresa poder buscar ganhos com a comercialização de curto prazo, apreços melhores, ressaltou Ribeiro.

“Não queremos estar expostos ao risco de energia descontratada, ou pelo menos não em excesso. Nossa estratégia de investimento com a CEEE-G é para garantir esse benefício industrial e ter alguma exposição com o ganho da comercialização.”

E também acrescentou:

“Vamos fazer da CEEE-G uma comercializadora, vamos começar pequenos, mas também vamos entrar no negócio de comercialização de energia.”

Por meio de uma subsidiária, a CSN venceu o leilão de privatização da CEEE-G com uma oferta de R$ 928 milhões, 10,93% acima do preço mínimo definido em edital há alguns dias.

Novas oportunidades para a energia elétrica da CSN e IPO

Por outro lado, ao serem questionados sobre potenciais novas aquisições em energia, Ribeiro disse que a companhia passou a ter um apetite mais “oportunista”.

“Não vamos ficar ativamente procurando novos ativos, temos bastante trabalhando dentro de casa agora… Mas vamos ficar sempre atentos.”

El afirmou ainda que a CSN irá avaliar no futuro uma oferta inicial das ações (IPO) da CSN Energia, unidade do grupo que concentra os negócios desse segmento.

“Continuamos no caminho traçado, a gente acha que é relevante que os negócios tenham um acesso a capital facilitado… Por isso o IPO, fizemos (CSN) Mineração, estamos prontos no caso do Cimento… e no caso da Energia, é um candidato natural.”

Oferta de compra das ações de minoritários da CEEE-G

A companhia observou ainda que, nos próximos meses, precisará fazer uma oferta de compra das ações de minoritários da CEEE-G, com destaque para a Eletrobras, que detém 32,74% do capital da elétrica. A expectativa é de que oferta de “tag along” possa ser realizada com deságio de 20% do preço do leilão.

Por fim, também presente na teleconferência, o CEO da CSN, Benjamin Steinbruch, destacou que a companhia continuará como um grupo industrial, apesar da mais recente aposta no setor elétrico.

“Nossos principais negócios são de produção, basicamente mineração, siderurgia e cimento. Nós temos a infraestrutura e logística e a energia como serviços complementares à produção, vamos nos manter fiéis à nossa origem.”

*Foto: Reprodução

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