Antes, Inflação do aluguel estava em 18,20%, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo
Em meio à pandemia de Covid-19, a inflação do aluguel atingiu um maior percentual em outubro, impactando na economia. Quem revela tal percentual é o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M ), usado no reajuste de contratos de aluguel no Brasil. Na segunda prévia para este mês ele marcou 2,92%. Sendo assim, a taxa é inferior a 4,57% da segunda prévia de setembro.
Não é novidade e que o setor imobiliário seria aplacado pelos efeitos do avanço da Covid-19 no país. Prova disso é que em maio deste ano, em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Ricardo K., sócio e CEO da consultoria RK Partners explicou a real situação que o Brasil passava a enfrentar.
Inflação do aluguel
Portanto, mesmo com o índice acumulado em 12 meses, ele subiu de 18,20% na segunda prévia de setembro, para 20,56% na segunda prévia de outubro. As informações vêm de estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Preços no atacado
Além disso, a queda da taxa de setembro para outubro foi gerada pelos preços no atacado. Tais valores são medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo. Com isso, a taxa de informação foi recebida de 6,36% na prévia de setembro para 3,75% na prévia de outubro.
Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor, responsável por medir o varejo, houve um aumento de 0,38% para 0,71%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção cresceu de 0,98% para 1,50%.
Por fim, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do índice geral, registrou alta de 3,75% no segundo decêndio deste mês. Sendo assim, ele deixou para trás uma disparada de 6,36% registrada no mesmo período de setembro.
Desaceleração das taxas
Para o Coordenador dos Índices de Preços, André Braz, “a desaceleração observada nas taxas de variação de algumas commodities, principalmente minério de ferro (17,01% para -0,34%), contribuiu para o recuo do índice de preços ao produtor”.
Enquanto isso, os componentes do IPA tiveram como destaque o grupo Matérias-Primas Brutas, que desacelerou seus ganhos de 11,31% para 4,77% na segunda prévia de outubro. E ainda recebeu forte influência de produtos como milho e café em grão, e também de minério de ferro.
*Foto: Divulgação/ Germano Lüders