Edifício A Noite
História

Edifício A Noite foi tombado em 2013 pelo Iphan

Edifício A Noite foi tombado em 2013 pelo Iphan

A prefeitura do Rio de Janeiro quer adquirir o edifício A Noite, localizado na Praça Mauá, região portuária da cidade, pelo valor de R$ 28,9 milhões. O preço foi fixado em setembro do ano passado pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), na modalidade venda direta, após três tentativas frustradas de leilão.

Edifício A Noite

O edifício A Noite é o primeiro arranha-céu da América Latina, inaugurado em 1929. Em nota, o governo municipal informou que “o desejo foi registrado em um ofício enviado na quarta-feira (1º) à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck”.

Ainda em nota, a Secretaria de Patrimônio da União do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos confirmou o recebimento da proposta e informou que “ela será analisada. Tão logo tenhamos alguma definição, ela será amplamente noticiada”.

CCPAR

Além disso, ao ser questionada pela Agência Brasil, a direção da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR), da prefeitura carioca, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não está dando entrevistas sobre o assunto. “Os detalhes de como será feita a aquisição ainda estão sendo fechados por nós”, explicou.

Projeto do arquiteto francês Joseph Gire

Com 22 andares e 102 metros de altura, o prédio foi projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire. Ele também é responsável pelos projetos dos hotéis Glória e Copacabana Palace. O edifício detém muita história ao longo de quase 100 anos. Prova disso é que foi sede do jornal A Noite e da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, além do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Em 1940, o edifício A Noite passou para o poder da União. A Rádio Nacional, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), funcionou no local até 2012, quando foi transferida para o bairro da Lapa, também no centro do Rio, por conta de reformas que seriam efetuadas no local. Já o projeto de construir no arranha-céu o Museu do Rádio não prosperou.

Leilões

O primeiro leilão ocorreu no dia 30 de abril de 2021, em formato online, com lance mínimo fixado em R$ 98 milhões. No entanto, não houve interessados. O segundo leilão foi marcado para 7 de junho do mesmo ano, com valor mínimo de R$ 73,5 milhões, também sem propostas. A última tentativa frustrada de venda do imóvel aconteceu em 14 de julho do ano passado, pelo preço de R$ 38,5 milhões.

Custos à União

Atualmente, o prédio está vazio, sem uso e custa mais de R$ 1 milhão por ano à União com manutenção de elevadores, segurança, brigadistas e taxas de concessionárias. O edifício foi tombado em 2013 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em duas categorias: Belas Artes, por suas características arquitetônicas e inovações artísticas; e Histórico, pela importância que teve na história do rádio e da cultura brasileira.

*Foto: Reprodução

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