No último dia 6, a Fundação Cidade das Artes passou a ser presidida por Renata Monteiro, em substituição a André Marini, que permaneceu no cargo por três anos e pediu demissão, alegando motivos pessoais.
Currículo da nova presidente da Cidade das Artes
Currículo da nova presidente da Cidade das Artes
Entre as próximas atrações do espaço, situado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, estão o Beethoven Fest, um concerto da Orquestra Rio Sinfônica, em homenagem ao compositor; o festival de dança X Dance; e o musical voltado a crianças “Bloco do Bita”. Todos ocorrerão em fevereiro. Já o evento sobre criatividade e inovação Rio2C, acontecerá em maio.
A seguir, a entrevista que a nova presidente deu ao jornal O Globo:
Como foi o convite para você assumir a presidência?
O André Marini (presidente anterior) é um grande amigo. Ele teve que sair por questões pessoais, me indicou e deu muita força para eu assumir.
Quais estão sendo as suas primeiras medidas?
Agora estou conhecendo mais a fundo o trabalho que foi feito e o que está em andamento. Para mim, o principal é tornar a Cidade das Artes um ativo pulsante na área cultural. Temos muitas possibilidades. Teatro, restaurante, lojas, cinemas. Quero botar tudo para funcionar, o que não acontece hoje. A ideia é que as pessoas possam ficar duas ou três horas aqui. Não só assistir a uma peça, mas ir ao bistrô, almoçar, assistir a um filme. E planejo ter atividades gratuitas e para toda a família. Estou buscando parceiros, empresas da área artística e de outros setores.
O que pensa de novidades para a programação?
Pretendemos fazer uma supercolônia de férias em julho e também trazer um festival de circo. Ainda estamos fechando a programação. Antes do carnaval, vamos lançá-la. Além disso, quero fazer apresentações produzidas por nós.
Em 2019, a programação foi marcada por grandes musicais, como “A cor púrpura” e “Roda viva”. Eles seguirão na programação?
Com certeza. Tendo um palco desses e 1.200 lugares, só podemos receber grandes espetáculos. E os musicais normalmente são. Temos contato com os produtores e queremos continuar assim.
Na gestão anterior, foi criado o cargo de diretor artístico, ocupado pela atriz Bel Kutner, que também deixou a Cidade das Artes. Essa função será mantida?
Não. Venho da área da cultura, como diretora de produção nas áreas de teatro, dança e música. Sempre fiz a parte de direção artística. Mas tenho comigo a Arlete Lima , que é gerente de programação e sugere e traz ideias. Nós estamos fazendo juntas.
Como encontrou a casa em termos de estrutura e organização?
Superjustinha. Fiquei impressionada. A equipe toda já está bem alinhada. Muita gente trabalha aqui desde a abertura, em 2013. Não pretendo mudar ninguém. Penso que, se está bom, não é para mexer. O que mudou foi só a diretoria: a presidência, a diretoria executiva, que está com o Diego Alves, e a Arlete. Inclusive estou tentando trazer mais gente, para a produção e a administração, por exemplo. Se quero colocar tudo funcionando, vamos precisar de mais profissionais.
Já se reuniu com a Associação de Amigos da Fundação Cidade das Artes?
Com certeza. Ainda não consegui encontrá-los, mas estão ativos e os queremos junto a nós. Tenho visto que os cursos que eles promovem estão indo superbem, como os de ioga, meditação e percussão. Temos público. Não faz sentido tirar isso da grade. Queremos é ter mais cursos, de cenografia e figurino, por exemplo, para nos tornarmos um polo cultural mesmo. Outra ideia é trabalhar muito com educação junto às escolas públicas também.
O que foi previsto pela gestão anterior está mantido?
Sim. No começo de maio, por exemplo, teremos o festival Rio2C.
Fonte: O Globo
*Foto: Divulgação / Paulo Cordeiro