Alimentos saudáveis no DF, agora, agregam saúde e sabor em primeiro lugar
O Distrito Federal tem se destacado por um feito que ajuda a população: uma alimentação saudável que agrega saúde e sabor em primeiro lugar. Prova disso é que vendedores de produtos orgânicos celebram alta de 20% nas vendas em 2022.
Alimentos saudáveis no DF
Sendo assim, alimentos saudáveis no DF correspondem a: frangos, ovos e hortifruti como os alimentos mais procurados nos últimos tempos. Além disso, o público jovem está em busca de consumo mais saudável e, ao mesmo tempo, sustentável.
De acordo com uma estimativa da Comissão de Produção Orgânica no DF (CPOrg-DF), de 2021 para 2022, o setor registrou alta de 20% nas vendas, impulsionado pelo público jovem, que passou a se interessar pela alimentação rica em nutrientes e proteínas sem agrotóxicos.
Apesar de o consumo saudável ter ganhado cada vez mais força no Distrito Federal, o movimento orgânico surgiu em 1994. É o que ressalta o presidente da Comissão, Verinaldo da Silva Souza, 48 anos, conta que os cerca de 500 produtores certificados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária têm vendido mais frangos orgânicos, ovos e alimentos hortifruti, como tomate e cenoura.
Verinado, que é técnico em agropecuário e administração de empresas, explica que as pessoas consomem comida orgânica porque faz bem à saúde. E isso sem contar que há uma relação com o meio ambiente, sem o uso de agrotóxicos:
“É um novo hábito que a gente acaba tendo. Atribuo ao estilo de vida, e falo que o alimento orgânico tem uma relação direta com a saúde. Tenho uma filha de seis meses e um de seis anos, e gosto de prezar por uma boa saúde na minha família.”
Para ele, o custo-benefício em relação ao produto compensa quando os clientes possuem consciência de onde vem o alimento e a forma natural como é produzido.
Opinião dos consumidores
Para a aposentada Ivete Campos, cliente frequente da loja Korin, na Comercial da 715/714 Norte há sete anos, conta que desde que se curou do câncer de mama, vai à feira a pé da casa dela, na quadra 105 Norte, todos os sábados. Semanalmente, ela costuma comprar tomates, carnes e produtos integrais.
“Tenho uma afinidade para esse tipo de alimentação. Comecei a praticar pilates, andar de bicicleta e usar o tomate para fazer molho natural.”
Ela reforça ainda que a escolha por produtos orgânicos é um caminho sem volta. Isso porque Ivete desconsidera ir a supermercados tradicionais, pois tem receio de ingerir substâncias maléficas ao organismo:
“Se eu puder evitar alimentos que não tenham certificado contra antibióticos, produtos que vão prejudicar a minha saúde, prefiro comprar um que tenha a pagar remédios depois para cuidar de algum problema no meu corpo.”
Sustentabilidade do planeta
Já o cineasta Getsemane Silva, 50, procura ter uma atenção com a sustentabilidade do planeta. Ele reconhece que o valor do alimento passa pela transparência de como é produzido. Com isso em mente, ele busca qualidade e menos produtos químicos. E também é uma tentativa de ser mais saudável, com menos conservantes. O cineasta que mora na Asa Sul costuma comprar em mercados e feiras do DF, onde encontra preços parecidos com o varejo.
“O preço compensa. Em geral, percebo que é 10% mais caro, mas vale a pena para quem tem condições.”
Comunidade engajada
Contudo, a relação de consumidor e produtor também é diferente no mercado de produtos orgânicos. Uma prova é a Comunidade que Sustenta a Agricultura da Florestta (CSA), com chácara em Luziânia, onde cultiva vários alimentos. Os mais consumidos são alface, cenoura, rúcula, banana, cebola, abobrinha e brócolis. Segundo a dona da marca, Gisely Coité, 40:
“É uma relação de confiança com os clientes, na qual as pessoas sabem para onde vai sair o dinheiro delas, qual família está apoiando financeiramente.”
Advogada de formação, ela e o marido, Aleixo Leitão, 40, criaram a empresa há nove anos porque era difícil encontrar orgânicos em Brasília para a introdução alimentar da filha recém-nascida. Desde então, passaram a plantar verduras no quintal de casa com ajuda financeira de cinco amigos. Além disso, no modelo da CSA, o cliente pode visitar o sítio da família e ter contato direto com o produtor durante visitas marcadas a cada três meses.
“As famílias apoiam um produtor rural que recebe um valor por mês e entrega uma assinatura pautada na economia associativa e colaborativa. Isso é muito bacana porque o produtor não fica desamparado financeiramente. As pessoas pagam para o produtor produzir, e, com a participação do grupo, vão opinar na produção de acordo com sazonalidade.”
Como adquirir os produtos CSA
Para adquirir os produtos, a CSA oferece centros de distribuição dos alimentos, que ficam no Gama, onde as cestas são organizadas e funciona o escritório. Porém, também são feitas entregas em domicílio, com pontos de convivência para retirada da cesta em Águas Claras, Asa Sul, Asa Norte, Guará e Gama.
*Foto: Reprodução/Pixabay (silviarita)