81 personalidades negras tem este número que não é por acaso, ele faz alusão à idade do diretor-fundador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo, que morreu em setembro
No último sábado (5), foi inaugurada em São Paulo uma exposição que destaca a importância de personalidades negras na cultura e na história do Brasil.
81 personalidades negras
Trata-se de uma homenagem a 81 personalidades negras brasileiras. A galeria de gigantes é comporta por pessoas que são referências para todo mundo. Entre eles, estão: Elza Soares, Pelé, Clara Nunes, Chica da Silva. Gente que fez, que faz e que conta a história dos negros no Brasil.
De acordo com o secretário de Equidade Racial de São Paulo, Ivan Lima:
“Nós não somos descendentes de escravos, como dizem os livros escolares, nós somos descendentes de grandes civilizações africanas. De reinados fortes e poderosos, de reis, rainhas, príncipes e princesas.”
Como será a exposição no MIS
Além disso, a exposição no Museu da Imagem e do Som de São Paulo fará uam alusão quanto ao número de homenageados: 81. Isso porque o diretor-cofundador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo, tinha 81 anos quando faleceu em setembro passado.
Lado a lado, famosos como Tim Maia, e outros pouco conhecidos, como o artista circense Benjamin de Oliveira, que encantou o autor da tela.
Segundo o artista plástico Recassio Silva:
“Até pela história dele, é parecida com a minha também, de ser um de um extremo, de um lugar que tem pouca visibilidade e acaba se deparando com a arte praticamente na mesma idade e carrega isso pra vida.”
Já para a engenheira de produção Pamela Mendes dos Santos foi a oportunidade de conhecer diversas personalidades que ela nunca tinha ouvido falar e saber mais coisas sobre eles, suas memórias e história.
Conexões
Por fim, na mostra não faltam conexões. Em uma galeria também tem Emicida, um dos nossos maiores nomes do rap. O rap, que é um dos pilares da cultura hip hop, que está dentro do grande caldeirão da cultura negra, outro pilar é justamente o grafite, que foi a forma de arte visual escolhida pra retratar todos esses nomes.
Dentro do museu, teve gente que se sentiu a céu aberto.
É o caso da Mari Memo, grafiteira há mais de dez anos no Itaim Paulista, bairro do extremo leste de São Paulo. Sobre esta homenagem, ela declara:
“São nas periferias também que estão grandes personalidades negras que não são faladas, não são mostradas. É o hip hop fazendo a junção entre a história da negritude, das pessoas negras e a história do hip hop se juntando dentro de um museu.”
*Foto: Reprodução