A afirmação é da Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás), que reivindica ao governo o pagamento do piso salarial, entre outros fatores
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego) reivindica junto ao governo do Estado que seja cumprido diversos reajustes que a categoria não recebe desde 2018, apesar de ser um direito constitucional, de acordo com a presidente da entidade, Bia de Lima. Uma greve foi aprovada por servidores presentes em reunião realizada na terça-feira (10) na Alego (Assembleia Legislativa). Isso ocorreu após os deputados aprovarem, em primeira votação, a chamada “PEC da Educação”, que visa alterações no orçamento da educação básica, que a Sintego considera como sendo prejudicial.
Greve educacional no estado de Goiás
No entanto, para não deixar de viabilizar negociações com o Governo, o estado de greve não estabeleceu um prazo limite para que o Executivo aceite ou não tais reivindicações. Dentre elas, essas três são as principais: pagamento do piso salarial previsto em legislação federal, pagamento da data-base aos servidores administrativos e a assinatura de 800 progressões de carreira, que, aliás, são pré-requisitos para a aposentadoria dessa mesma categoria. Em relação ao reajuste salarial, a solicitação é de 4,17% e a progressão, para 1.622 professores da rede estadual de ensino.
Bia ainda ressaltou em entrevista ao jornal Emais Goiás:
“A greve está nas mãos do governador. Estamos trabalhando a greve com as escolas. Se não acatarem vai parar tudo, todas as escolas, e por tempo indeterminado, o que vai prejudicar o ano letivo dos alunos”.
Atualmente, o estado possui 500 mil alunos matriculados, em 1.044 escolas.
Negociações
Uma reunião entre Sintego e o alto escalão do Palácio Pedro Ludovico Teixeira e autoridades do Estado foi realizada na segunda-feira (9), para tratar da “PEC da Educação” e dos reajustes salariais.
Segundo Bia, o discurso do governo girou em torno de que o reajuste do piso será pago somente para o que ainda recebem remunerações abaixo deste valor, que é de R$ 2.557,74. Portanto, os demais servidores não receberão a mais. Porém, para a presidente da Sintego, esta decisão reduz a categoria e não havendo uma progressão de nível, também não tem como incentivar a estimular a formação e qualificação dos professores.
Principais reivindicações dos servidores estaduais da Educação de Goiás
- Pagamento do piso salarial previsto na Constituição Federal;
- Pagamento da Data-Base para os servidores administrativos, que se acumula entre 2018 e 2019;
- Progressões de carreira para cerca de 800 profissionais que esperam a assinatura do governador para se aposentarem;
- Derrubada da “PEC da Educação”, que reduz os recursos vinculados do setor de 27% para 25%, segundo o Sintego, incluindo os 2% da Universidade Estadual de Goiás nos 25% da Educação Básica, aprovada pela Assembleia Legislativa na tarde de terça-feira (10/09).
Fonte: portal Emais Goiás
*Foto: Divulgação / Sintego