40 empresas de fachada no ES começariam a atuar no Estado
Na semana passada, auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) identificaram 40 empresas de fachada no Espírito Santo. Elas começariam a atuar no Estado. A atuação preventiva dos auditores da Receita Estadual permitiu que as empresas fossem reconhecidas antes mesmo que fossem registrados prejuízos à economia da região.
40 empresas de fachada no ES – identificação
As 40 empresas de fachada no ES foram identificadas antes mesmo de serem cometidas fraudes. E isso só foi possível graças a um sistema de cruzamento de dados elaborado pelos auditores fiscais, afirma o auditor Luiz Carlos Barros Filho. Sendo assim, esses 40 negócios foram mapeados desde meados de agosto, quando o método inovador começou a ser utilizado.
“Quando uma empresa laranja vai começar a operar, ela mostra uma série de indícios. Geralmente, elas são de setores específicos, têm endereços suspeitos, contabilistas já identificados, entre outros pontos.”
Maior concentração
Além disso, a maior parte das empresas estaria concentrada nos municípios de Vila Velha e Guarapari (seis em cada). Também havia registro de companhias em Vitória, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Aracruz, entre outros.
Já os setores predominantes para essas empresas eram do ramo de: bebidas, sucata e coágulo de borracha. Todas elas obtiveram a emissão de documentos fiscais bloqueada e as inscrições estaduais serão encaminhadas para o cancelamento.
De acordo com Lucas Calvi, auditor fiscal e subgerente fiscal de Setores Econômicos:
“É importante lembrar que os contabilistas envolvidos com essas empresas serão responsabilizados. Eles podem perder a licença para exercer a profissão e responder criminalmente pela atuação. Tanto o Conselho Regional de Contabilidade quanto o Ministério Público Estadual estão sendo notificados sobre os envolvidos no caso.”
Intimação
Entretanto, antes de terem as inscrições estaduais canceladas, os representantes das empresas serão intimados e podem recorrer da decisão. Porém, a maioria deles sequer atende à intimação. Ou seja, confirma indícios de serem sócios laranjas.
Em geral, uma empresa laranja movimenta altos valores e emite notas fiscais falsas, simulando operações de circulação de mercadorias. Com isso, o imposto deixa de ser pago aos cofres públicos, lesando toda a população capixaba.
*Foto: Divulgação/ Romero Mendonça/Secom-ES